Resenha baseada em “Cibercultura” de Pierre Lévy
(Vanessa da Cruz Lana - 6º P - Pedagogia)
A mutação contemporânea da relação do saber em detrimento do uso de tecnologias digitais deve ser a base para a reflexão sobre o futuro dos sistemas de educação e de formação. É crescente a velocidade de surgimento e renovação de saberes, uma vez que está ligada diretamente ao trabalho que também vem se apresentando de uma nova forma e exigindo aprendizados, transmissão e formação de novos saberes. Outro fator relevante são as tecnologias intelectuais, que modificam as funções cognitivas humanas como memória e imaginação através de novas formas de acesso à informação, novos estilos de raciocínio e de conhecimento.
Nos meios eletrônicos tudo se encontra no mesmo plano. Não há hierarquia absoluta, mas cada é um agente de seleção, o qual pode-se ramificar ou bifurcar parcialmente o assunto estudado ou discutido. O dinamismo está sempre presente, pois cada indivíduo ou cada grupo pode contribuir fornecendo o saber ou difundido-o em um sistema de comunicação de grande acessibilidade. As comparações com sistemas tradicionais são inevitáveis, é possível compará-las metaforicamente tendo o uso da tecnologia como uma navegação no saber ou mesmo surfar no conhecimento com a capacidade de enfrentar ondas, correntes e ventos contrários sem fronteiras e em constante mudança. Já o sistema tradicional, apresenta-se como metáforas pirâmides, as quais deve-se escalar o saber dentro de um sistema fixo e fechado, com hierarquias imóveis de antigamente.
Entre os novos modos de conhecimento trazidos pela cibercultura, a simulação ocupa um lugar central. Em uma palavra, trata-se de uma tecnologia intelectual que amplifica a imaginação individual ( aumento da inteligência) e permite aos grupos que compartilhem, negociem e refinem modelos mentais comuns, qualquer que seja a complexidade deles (aumento da inteligência coletiva). Para aumentar e transformar determinadas capacidades cognitivas humanas, a informática exterioriza parcialmente essas faculdades em suportes digitais, compartilhando e reforçando os processos de inteligência coletiva. As técnicas de simulação, em particular aquelas que utilizam imagens interativas, não substituem os raciocínios humanos, mas prolongam e transformam a capacidade de imaginação e de pensamento.
Nesse processo no qual a informação flutua, a interconexão em tempo real de todos com todos causa certa desordem. Mas é também a condição de existência de soluções praticas para os problemas de orientação e de aprendizagem no universo do saber em fluxo. De fato, essa interconexão favorece os processos de inteligência coletiva nas comunidades virtuais, e graças a isso o indivíduo se encontra menos desfavorecido frente ao caos informacional.
Uma forma de potencialização da inteligência coletiva, é fornecida através da facilidade em que se pode compartilhar a informação através da utilização das tecnologias digitais, facilmente reproduzidas e transferíveis.
No mundo contemporâneo a busca pelo conhecimento é cada vez mais intensa. As universidades transbordam. Os dispositivos de formação profissional e contínua estão saturados. Quase metade da sociedade está, ou gostaria de estar, na escola. não será possível aumentar o número de professores proporcionalmente à demanda de formação que é, em todos os países do mundo, cada maior e mais diversa. A questão do custo se coloca, sobretudo, nos países pobres. Será necessário então buscar soluções que utilizem técnicas capazes de ampliar o esforço pedagógico dos professores e dos formadores.
Dentro desse novo contexto, uma forma de aprendizado deve ser aperfeiçoada ao cotidiano da educação. O Ensino Aberto a Distância – EAD, que utiliza de recursos como mídias e redes de comunicação interativa, além dos vários recursos oferecidos por esse novo paradigma. Audiovisual, “multimídia” interativa, ensino assistido por computador, televisão educativa, cabo, técnicas clássicas de ensino a distância repousando essencialmente em material escrito, tutorial por telefone, fax ou internet, todas essas possibilidades técnicas, mais ou menos pertinentes de acordo com o conteúdo, a situação e as necessidades do “ensinado”, podem ser testadas e já foram amplamente testadas e experimentadas.
Especialistas nesse campo reconhecem que a distinção entre o ensino “presencial” e ensino “a distância” será cada vez menos pertinente, já que o uso das redes de telecomunicações e dos suportes multimídias interativos vem sendo progressivamente integrado às formas mais clássicas de ensino. Não se trata de usar as tecnologias a qualquer custo, mas sim de acompanhar conscientemente um mudança de civilização que questiona profundamente as formas institucionais, as mentalidades e a cultura dos sistemas educacionais tradicionais e, sobretudo os papéis de professor e aluno.
Assim o papel do professor nesse caso é de incentivador da aprendizagem coletiva e não um fornecedor direto do conhecimento.
A outra forma a ser incorporada aos métodos tradicionais são os conhecimentos individuais proporcionados por experiências profissionais, sociais e com a utilização da informação dinâmica disponível nos meios eletrônicos. Em alguns países da Europa, foi implantado um método informatizado para o gerenciamento global das competências nos estabelecimentos de ensino, empresas, coletividades locais e associações denominada Árvores de Conhecimentos. Graças a essa abordagem, cada membro de uma comunidade pode fazer com que toda a diversidade de suas competências seja reconhecida, mesmo as que não foram validadas pelos sistemas escolares e universitários clássicos. Crescendo a partir das autodescrições dos indivíduos, uma árvore de conhecimento torna visível a multiplicidade organizada das competências disponíveis em uma comunidade.
Ao permitir que todos os tipos de dispositivos de aprendizagem desemboquem em uma qualificação, o dispositivo das “árvores” permite um melhor gerenciamento das competências. De forma complementar, ao avaliar os sinais de competência em tempo real, o gerenciamento das competências contribui para validar a qualificação.
Cada pessoa que se autodefiniu ao obter um certo número de sinais de competência (como se fosse determinada pontuação, definindo seu grau de conhecimento), torna-se ao mesmo tempo acessível pela rede. Ela está indexada no espaço da navegação e pode, portanto, ser contatada a qualquer momento para trocas de saberes ou demandas de competências. Uma melhoria do processo de qualificação possui, portanto, efeitos positivos sobre a sociabilidade. Esse instrumento é capaz de tornar visível em tempo real a evolução rápida de competências muito diversas. Ao permitir a expressão da diversidade das competências, não restringe os indivíduos a uma profissão ou categoria, favorecendo assim o desenvolvimento pessoa contínuo.
Nesse aspecto é possível fundir, dividir e conectar árvores, com intuito de trazer a informação em uma abordagem universal (utilizando mesmo dispositivo em todos os lugares e permitindo todas as formas de coordenação, transferências passagens e percursos inimagináveis). Mas sem totalização, já que a natureza, a organização e o valor dos conhecimentos não são fixados e permanecem nas mãos das diferentes comunidades.
Esse é um exemplo material da valorização e reconhecimento dos conhecimentos adquiridos com a experiência em atividades sociais e profissionais, demonstrando qual será a nova tendência.
Resenha baseada em “Cibercultura” de Pierre Lévy
(Mariana Cesário R. de Souza - 6º P - Pedagogia)
Em nossa atualidade podemos analisar que os avanços tecnológicos que ocorreram no último século marcaram a vida do ser humano de uma forma expressiva. Essa facilidade ao acesso as novas tecnologias, encontram-se em várias esferas da sociedade estimulando diversos saberes jamais inimaginados. Assim, com base na obra de Pierre Lévy(1999) a relação entre cibercultura e educação, busca estabelecer uma possível interação entre os variáveis conceitos nele compreendido. Torna-se possível à constatação das diferentes influências que as novas tecnologias podem estabelecer enquanto produtor de uma inteligência mais abrangente do que qualquer outra durante o seu processo educativo padrão. Por meio da comunicação escrita, conseguimos perceber que o ciberespaço é uma preocupação constante das pessoas envolvidas com a educação porque sistematicamente elas agem a partir de seus impulsos ao invés de questionarem como será produzida e aprimorada essa nova prática de ensino.
Os instrumentos didáticos em questão passam a ser os computadores e o ciberespaço (internet) será o ambiente em que eles pertuaram essa nova perspectiva de educação. Acompanhando a presente proposta, observa-se que, ao efetivar-se a conexão entre computador e ciberespaço, o usuário tem a possibilidade dese inserir em um universo no qual a informação está em constante mutação. Os demais passam por uma transformação devido as informações e conhecimentos oriundos do ciberespaço que logo serão rapidamente aceita pela sociedade e atribuída ao currículo da escola.
O ciberespaço, simbolizado pela internet, é um instrumento de comunicação em que circulam propagandas e diversas informações de forma interativa. Desse modo, podemos perceber o quando essas novas ideologias contribuem para o desenvolvimento da inteligência coletiva. As instituições educacionais na medida do possível buscam adequar-se às mudanças provocadas pelo avanço das novas estruturas de ensino, podendo mudar também à postura do educador que não poderá mais se limita em fornecer conhecimentos, mas deverá passar a orientar o educador via internet.
A nova era da informática tornou-se assim um veículo de comunicação em que a informação é processada em tempo real, de uma forma interligada e globalizada. Quando um indivíduo (ou educando) se depara com um texto escrito em seu microcomputador, incondicionalmente busca conhecer o conteúdo desse texto, seguido logicamente de seu próprio interesse. A função desse instrumento de comunicação é formidável, pois à medida que um texto é acessado, pode-se extrair informações e a partir destas, entrar em outras janelas multimídia as quais oferecem uma gama de possibilidades de informações que, por sua vez ampliaram o conhecimento dos internautas envolvidos.
A maneira do professor ensinar deve se pautar em uma perspectiva coletiva, onde a prioridade seja a aprendizagem cooperativa. Segundo Lévy, na aprendizagem cooperativa tanto professores como alunos compartilham as informações que dispõem. No ato da troca de informações, a função do educador é de incentivo à inteligência coletiva, orientação e acompanhamento do desenvolvimento do educando durante o processo educativo.
Frente à flexibilidade da veiculação de informações e da aplicabilidade das tecnologias de informática, incondicionalmente, no sistema educacional encontra-se submetido a essa evolução do conhecimento. A evolução do conhecimento exigirá do sujeito uma constante reformulação de sua formação profissional, porque diversas áreas do conhecimento acompanham a evolução dos saberes. Nesse processo da evolução dos saberes, a cibercultura, de acordo com o autor, não se limita, por exemplo, em encurtar distâncias, mas promoverá a mudança de formação do indivíduo, de institucionalizada para a generalizada. Sob essa perspectiva generalizada, o ciberespaço canaliza e torna acessível o conhecimento elaborado pela própria sociedade.
A utilização da navegação na internet torna-se uma alternativa educacional porque amplia o acesso à informação. A socialização de informações, incondicionalmente, atualiza a relação do sujeito com o saber, onde a interpretação e posterior utilização dessas informações em rede, por parte do educando, dependerão da formação básica que o mesmo teve na escola. Sendo considerada uma evolução gradativa que se processa a partir do uso da escola de seus recursos tecnológicos na formação dos alunos, ou seja, quando esse mesmo educando, de posse dos conhecimentos adquiridos em experiências de vida, pode fazer parte da cibercultura, através da internet.
Resenha baseada em “Cibercultura” de Pierre Lévy
(Roselene Pereira Reis Oliveira - 6º P - Pedagogia)
A reflexão sobre o futuro dos sistemas de educação e de formação na cibercultura deve ser fundada na análise prévia da relação com o saber. A primeira constatação diz respeito a velocidade do surgimento e da renovação dos saberes. A maioria das competências, adquiridas por uma pessoa no início de seu percurso profissional estarão obsoletas no fim de sua carreira.
Entende-se que trabalhar quer dizer, cada vez mais aprender e transmitir saberes e produzir conhecimentos. Novos estilos de raciocínio e de conhecimento, tais como a simulação que não advém nem da dedução lógica nem da indução da experiência. O saber- fluxo, o trabalho transação do conhecimento e as novas tecnologias da inteligência individual e coletiva mudam profundamente os dados do problema da educação e da formação.
As ferramentas do ciberespaço permitem pensar vastos sistemas de testes automatizados acessíveis a qualquer momento em redes de transações entre oferta e procura de competência. É preciso organizar a comunidade entre empregadores, indivíduos e recursos de aprendizagem de todos os tipos. E as universidades do futuro contribuiriam assim para a animação de uma nova economia para o conhecimento.
A emergência do ciberespaço não é uma forma que tudo pode enfim ser acessado. Mas antes que o todo está definitivamente fora de alcance. As metáforas centrais da relação com o saber são hoje a navegação e o surfe que implicam a capacidade de enfrentar as ondas. Embora os suportes da informação, não determinam, automaticamente, este ou aquele conteúdo de conhecimento, contribuem contudo, para estruturar fortemente a ecologia cognitiva.
As técnicas de simulação em particular, aquelas que utilizam imagens interativas não substituem os raciocínios humanos. Porém, prolongam e transformam a capacidade de imaginação e de pensamento. Os saberes encontram-se a partir de agora codificados em bases de dados acessíveis on-line em mapas alimentados em tempo real pelos fenômenos do mundo e em simulações.
CAP. XI. As mutações da educação e a economia do saber- A aprendizagem alerta e a distância.
Os sistemas educativos hoje, encontram-se submetidos a novas restrições no que diz respeito a quantidade, a diversidade e a velocidade da evolução dos saberes. Os dispositivos de formação profissional e contínua estão saturados. Isto é, não será possível aumentar o número de professores proporcionalmente a demanda de formação que é em todos os países do mundo cada vez maior e mais diversa.
A demanda de formação não apenas conhece um enorme crescimento quantitativo, mas ela sofre uma profunda mutação qualitativa no sentido de uma necessidade crescente de diversificação e de personalização. A resposta ao crescimento da demanda com uma simples massificação da oferta seria uma resposta industrialista do modo antigo, inadaptada a flexibilidade.
As escolas primárias e as universidades estão cada vez mais oferecendo aos estudantes as possibilidades de navegar no oceano de informação e de conhecimento acessível pela internet. Existem programas educativos que podem se seguidos a distância na world wide web. Sistemas de simulação permitem aos estudantes familiarizarem-se a baixo custo com a prática de fenômenos complexos sem que tenham que se submeter a situações perigosas ou difíceis de controlar.
A aprendizagem durante a distância foi durante muito tempo o estepe do ensino. As características da aprendizagem aberta a distância são semelhantes as da sociedade da informação como um todo. Além disso, esse tipo de ensino está em sinergia com as organizações de aprendizagem que uma nova geração de empresários está tentando estabelecer nas empresas.
As informações atualizadas tornam-se fácil e diretamente acessíveis por meio dos bancos de dados on-line e da Word wide web. Nesse sentido, os estudantes podem participar de conferências eletrônicas desterritorializadas nas quais intervêm os melhores pesquisadores de sua disciplina. A principal função do professor não pode mais eficaz por outros meios. O professor torna-se um animador da inteligência coletiva dos grupos que estão a seu encargo. A atividade deve ser centrada no acompanhamento e na gestão das aprendizagens, isto é, a troca de saberes, a mediação relacional e simbólica, a pilotagem personalizada dos percursos de aprendizagem.
CAP. XII. As árvores de conhecimentos, um instrumento para a inteligência coletiva na educação e na formação.
Aprendizagens permanentes e personalizadas por meio de navegação e orientação dos estudantes em um espaço do saber flutuante e destotalizado, aprendizagens ccoperativas, inteligência coletiva no centro de comunidades virtuais desregulamentação parcial dos modos de reconhecimento dos saberes, gerenciamento dinâmico das competências em tempo real.
Crescendo a partir das autodescrições dos indivíduos, uma árvore de conhecimentos torna visível a multiplicidade organizada das competências disponíveis em uma comunidade. Entende-se por competências tanto habilidades comportamentais quanto os savoirs-faireou conhecimentos teóricos. E cada competência elementar é reconhecida nos indivíduos por meio da obtenção de um brevê.
A representação em árvore de conhecimento permite a localização por simples inspeção da posição ocupada por determinado saber em um momento dado e os itinerários de aprendizagem possíveis para ter acesso a esta ou aquela competência. Sendo assim, as pessoas adquirem uma melhor apreensão de sua situação no espaço de saber das comunidades das quais participam e podem elaborar com conhecimento de causa, suas próprias estratégias de aprendizagem. Portanto, é possível fundir, dividir, conectar árvores e mergulhar pequenas árvores em outras maiores.
Resenha baseada em “Cibercultura” de Pierre Lévy
(Ivone Freitas - 6º P - Pedagogia)
CAP: X
A RELAÇÃO COM O SABER
O que podemos observar que a relação com as novas tecnologias estará cada vez melhor, ou seja agora trabalhar quer dizer, cada vez mais, aprender, transmitir saberes e produzir conhecimentos, pois, essas tecnologias intelectuais favorecem:
-Novas normas de acesso à informação,
-Novos estilos de raciocínio e de conhecimento, tais como a simulação.
Como essas tecnologias intelectuais podem ser compartilhadas entre numerosos indivíduos, e aumentam, portanto, o potencial de inteligência coletiva dos grupos humanos.
A articulação de numerosos pontos de vista como: a página da Web que é um elemento, uma parte do corpus intangível composto pelo conjunto dos documentos da World Wide Web. Na Web, tudo se encontra no mesmo plano e no entanto tudo é diferenciado não há hierarquia absoluta. A reencarnação do saber as páginas da Web exprimem idéias, desejos, saberes, ofertas de transação de pessoas e grupos humanos. Por trás do grande hipertexto fervilham a multiplicidade e suas relações. No ciberespaço, o saber não pode mais ser concebido como algo abstrato ou transcendente. Ele se torna ainda mais visível – e mesmo tangível em tempo real – por exprimir uma população. As páginas da Web não são apenas assinadas, como a páginas de papel, mas frequentemente desembocam em uma comunicação direta, por correio digital. A simulação, um modo de conhecimento próprio da cibercultura
ocupa um lugar central, em uma palavra, trata-se de uma tecnologia intelectual que amplifica a imaginação individual (aumento de inteligência) e permite aos grupos que compartilhem, negociem e refinem modelos mentais comuns.
Da interconexão caótica à inteligência coletiva a interconexão em tempo real de todos com todos é certamente a causa da desordem, mas é também a condição de existem soluções práticas para os problemas de orientação e de aprendizagem no universo do saber em fluxo, enfim essa interconexão favorece os processos de inteligência coletiva nas comunidades virtuais, e graças a isso o indivíduo se encontra menos desfavorecido frente ao caos informacional. Com esse novo suporte de informação e de comunicação emergem gêneros de conhecimento inusitados, critérios de avaliação inéditos pra orientar o saber.
CAP: XI
A APRENDIZAGEM ABERTA E A DISTÂNCIA
O que podemos analisar que os dispositivos de formação profissional e contínua estão saturados, Quase metade da sociedade está, ou gostaria de estar, na escola, sobretudo será necessário, portanto, buscar encontrar soluções que utilizem técnicas capazes de ampliar o esforço pedagógico dos professores e dos formadores. Audiovisual, “multimídia” interativa, ensino assistido por computador, televisão educativa, cabo, técnicas clássicas de ensino a distância repousando essencialmente em material escrito, tutorial por telefone, faz ou Internet...
As universidades e, cada vez mais, as escolas primárias e secundárias estão oferecendo aos estudantes as possibilidade de navegar no oceano de informação e de conhecimento acessível pela Internet. O professor torna-se um animador da inteligência coletiva dos grupos que estão a seu incargo. Sua atividade será centrada no acompanhamento e na gestão das aprendizagens: o incitamento à troca dos saberes, a mediação relacional e simbólica, a pilotagem personalizada dos percursos de aprendizagem etc.
Rumo a uma regulamentação pública da economia do conhecimento. A grande questão da cibercultura, tanto no plano de redução dos custos como no do acesso de todos à educação:
- Garantir a todos uma formação elementar de qualidade.
- Permitir a todos um acesso aberto e gratuito a midiatecas.
- Regular e animar uma nova economia do conhecimento.
Os indivíduos são levados a mudar de profissão várias vezes em suas carreiras, e a própria noção de profissão torna-se cada vez mais problemática. O trabalho não é mais a execução repetitiva de uma tarefa atribuída, mas uma atividade complexa na qual a resolução inventiva de problemas. As diversas competências adquiridas pelos indivíduos de acordo com seus percursos singulares virão alimentar as memórias coletivas.
Mas, simetricamente,é preciso admitir também o caráter educativo ou formador de numerosas atividades econômicas e sociais. Uma vez que os indivíduos aprendem cada vez mais fora do sistema acadêmico, cabe aos sistemas de educação implementar procedimentos de reconhecimento dos saberes e savoir-faire adquiridos na vida social e profissional. Um grande número de competências não são nem reconhecidas nem identificadas, sobretudo entre aqueles que não têm diploma. Paralelamente aos diplomas, é preciso imaginar modos de reconhecimento dos saberes que possam prestar-se a uma exposição na rede da oferta de competência e a uma condita dinâmica retroativa da oferta pela demanda.
CAP: XII
AS ÁRVORES DE CONHECIMENTOS UM INSTUMENTO PARA A INTELIGÊNCIA COLETIVA NA EDUCAÇÃO E NA FORMAÇÃO
As árvores de conhecimentos são um método informatizado para o gerenciamento global das competências nos estabelecimentos de ensino, empresa, bolsas de emprego, coletividades locais e associações. Cada membro de uma comunidade pode fazer com que toda a diversidade de suas competências seja reconhecida, mesmo as que não foram validadas pelos sistemas escolares e universitários clássicos. Cada comunidade faz crescer um árvore de forma diferente.Entretanto por competências tanto as habilidades comportamentais (saber ser) quanto os savoir-faire ou os conhecimentos teóricos. Cada competência elementar é reconhecida nos indivíduos por meio da obtenção de um “brevê”.
Os brevês dos saberes básicos serão colocados no “tronca”. O brevês de saberes muito especializados de fim de cursos formarão as “folhas”. O “galhos’ reunirão as competências quase sempre associadas nas listas individuais de competências dos indivíduos etc. A árvore, diferente para cada comunidade, não reflete as divisões habituais em disciplinas, em níveis, em cursos ou de acordo com recortes institucionais. A representação em árvore de conhecimentos permite a localização, por simples inspeção, da posição ocupada por determinado saber em um momento dado e os itinerários de aprendizagem possíveis para ter acesso a esta ou aquela competência.. Na árvore, imagem que ele pode consultar a qualquer momento.
O sistema das árvores de competências pode contribuir para lutar contra a exclusão e o desemprego. O sistema permite empregar uma pedagogia cooperativa descompartimentalizada e personalizada. Ao permitir que todos os tipos de dispositivos de aprendizagem desemboquem em uma qualificação, o dispositivo das “árvores” permite um melhor gerenciamento das competências. Uma melhoria do processo de qualificação possui, portanto, efeitos positivos sobre a sociabilidade. Néctar é um exemplo de uso internacional das árvores de conhecimentos O procedimento adotado atribuiu-se um certo número de brevês a cada um dos cursos ministrados pelos departamentos universitários dos cinco países. Esses brevês correspondiam às competências adquiridas pelos estudantes que cursaram a matéria com sucesso.
Cada estudante podia:
- Comunicar-se com outros estudantes em função de seu perfil de competências,
- Observar sua posição pessoal na árvore comum,
- Determinar o perfil de competência suplementar,
- Consultar em tempo real a descrição de todos os cursos.
As posições respectivas dos brevês correspondentes a essas competências se encontravam invertidas nas árvores de tradição intelectual, “latina”.
A mobilidade é encorajada. Cada estudante pode passar de uma coletividade para outra, de um país para outro, conservando sempre a mesma lista de brevês que define suas competências: essa lista (eventualmente enriquecida por sucessivas experiências) terá automaticamente, em cada árvore, aspectos e valores diferentes. Conservando sempre a mesma lista de brevês que define suas competências: essa lista terá automaticamente em cada árvore aspectos e valores diferentes.
Enfim é possível fundir, dividir, conectar árvores, mergulhar pequenas árvores em outras maiores etc. As árvores de conhecimentos propõem uma abordagem universal, mas sem totalização, já que a natureza, a organização e o valor dos conhecimentos não são fixados e permanecem nas mãos das diferentes comunidades.


Nenhum comentário:
Postar um comentário